Falha nas redes de telecomunicações

Gestão da infraestrutura de telecomunicação em situação de desastre

Em meio à complexidade dos sistemas de telecomunicação, a gestão da infraestrutura em situações de desastre surge como uma necessidade crítica.

No artigo de hoje veremos o que constitui o gerenciamento de desastres e diversos outros aspectos, além da importância da avaliação pós-desastre para a melhoria contínua.

Se você tem interesse neste assunto e como deixar sua empresa protegida em caso de desastres, continue sua leitura!

O que é Disaster Recovery?

O termo “Disaster Recovery” refere-se ao conjunto de procedimentos e políticas implementadas para restaurar a infraestrutura de TI e telecomunicações após um desastre.

Esses desastres podem variar desde falhas de hardware e software até eventos naturais catastróficos, como terremotos, furacões ou inundações.

As medidas para um Disaster Recovery envolvem a proteção da infraestrutura física, como torres de celular e cabos de fibra óptica, bem como a implementação de sistemas redundantes para garantir que os serviços continuem funcionando, mesmo que alguns componentes falhem.

Para compreender plenamente a importância do Disaster Recovery é necessário reconhecer que as telecomunicações são os pilares de muitas operações críticas, desde serviços de emergência até transações financeiras.

Portanto, qualquer interrupção significativa pode ter repercussões graves, afetando a segurança pública, a economia e até mesmo vidas humanas.

O que é considerado um desastre?

Um desastre, no contexto das telecomunicações, abrange eventos que interrompem significativamente a operação normal dos sistemas, causando prejuízos substanciais.

Esses eventos podem ser interrupções de energia, danos físicos às infraestruturas, ataques cibernéticos, entre outros.

Os desastres podem ser classificados em várias categorias, incluindo:

  • Desastres naturais: terremotos, furacões, tornados, enchentes e incêndios florestais que podem causar danos diretos à infraestrutura de telecomunicação.
  • Falhas de infraestrutura: interrupções de energia, danos causados por construção civil, rupturas de cabos, entre outros, que podem afetar a conectividade.
  • Ataques cibernéticos: malware, ransomware, ataques de negação de serviço (DDoS) e violações de dados que podem comprometer a segurança e a disponibilidade dos sistemas de telecomunicação.

Preparação antecipada: planos de contingência e recuperação

A preparação antecipada garante a mitigação dos impactos de desastres.

As empresas de telecomunicação devem desenvolver e testar regularmente planos de contingência e recuperação.

Esses planos devem incluir procedimentos detalhados para a rápida restauração das redes e a comunicação efetiva com as autoridades e clientes afetados.

Um plano de contingência eficaz deve abordar:

  • Identificação de riscos: avaliação dos riscos potenciais e vulnerabilidades da infraestrutura de telecomunicação.
  • Procedimentos de emergência: estabelecimento de procedimentos claros para a ativação e execução do plano em caso de desastre.
  • Recursos necessários: identificação dos recursos necessários para a recuperação, incluindo equipamentos de backup, pessoal treinado e fornecedores de serviços alternativos.
  • Comunicação de crise: estabelecimento de canais de comunicação eficazes com as autoridades locais, organizações de resgate, clientes e outros stakeholders.

Papel das empresas de telecomunicação, autoridades locais e organizações de resgate

As empresas de telecomunicação são essenciais na resposta a desastres, fornecendo comunicações precisas para as autoridades e equipes de resgate.

Trabalhar em conjunto com as autoridades locais e organizações de resgate é fundamental para coordenar os esforços de resposta e garantir uma recuperação rápida e eficaz.

Durante uma crise, as empresas de telecomunicação devem:

Priorizar a recuperação

Identificar e priorizar a restauração dos serviços essenciais, como comunicações de emergência, serviços de saúde e segurança pública.

Coordenar esforços

Colaborar com as autoridades locais e organizações de resgate para fornecer suporte logístico, informações em tempo real e recursos adicionais conforme necessário.

Manter a transparência

Comunicar de forma clara e transparente com o público sobre o status da rede, os prazos de recuperação e as medidas de contingência em vigor.

No Brasil, existe o Regulamento sobre o Uso de Serviços de Telecomunicações em Situações de Emergência estipulado pela ANATEL, que entrou em vigor em janeiro de 2021. Ele estabelece medidas para prestadoras de telecomunicações em desastres e emergências.

O regulamento se divide em dois focos: gestão de riscos e uso de serviços durante crises.

As empresas devem elaborar Planos de Contingência e manter comunicação com órgãos de defesa civil.

As regras de envio de alertas por SMS e TV permanecem válidas, com mais de 40 mil alertas enviados desde 2019.

Vale lembrar que desde 2015, as prestadoras têm adotado medidas em resposta a situações excepcionais, como o rompimento da barragem de Brumadinho, os ataques no Ceará e a crise energética no Amapá.

Comunicação para serviços de emergência e resgate
A comunicação dos serviços de emergência é prioridade em casos de desastres.

Utilização de tecnologias emergentes: redes móveis temporárias, drones e comunicações via satélite

A utilização de tecnologias emergentes está cada vez mais importante na gestão de desastres.

Redes móveis temporárias, drones e comunicações via satélite podem ser implantados rapidamente para restabelecer a conectividade em áreas afetadas.

Essas soluções oferecem flexibilidade e resiliência em situações adversas.

Algumas das tecnologias emergentes mais promissoras incluem:

  • Redes móveis temporárias: torres de celular móveis que podem ser implantadas rapidamente em áreas afetadas para fornecer cobertura temporária.
  • Drones: usados para avaliar danos, mapear áreas afetadas e fornecer comunicações de emergência em áreas remotas ou de difícil acesso.
  • Comunicações via satélite: permitem estabelecer conexões de comunicação em áreas onde a infraestrutura terrestre foi danificada ou destruída.

Avaliação pós-desastre e melhoria contínua: lições aprendidas e atualização de protocolos

Após um desastre, é necessário realizar uma avaliação abrangente para identificar lições aprendidas e áreas de melhoria.

Isso inclui revisar os protocolos de resposta, a eficácia dos planos de contingência e a coordenação entre as partes envolvidas.

A atualização contínua dos protocolos é importante para garantir uma resposta mais eficaz a futuros desastres.

Alguns dos aspectos a serem considerados na avaliação pós-desastre são:

Análise de desempenho

Avaliar a eficácia das medidas de resposta adotadas e identificar quaisquer falhas ou deficiências.

Feedback das partes interessadas

Coletar feedback das autoridades locais, organizações de resgate, clientes e outros stakeholders sobre a resposta ao desastre.

Aprendizado organizacional

Integrar as lições aprendidas na resposta a desastres futuros, atualizando os planos de contingência e recuperação conforme necessário.

A gestão da infraestrutura de telecomunicação em situação de desastre é um processo contínuo que requer planejamento, investimento e treinamento.

Seguindo as melhores práticas e se preparando para o inesperado, as empresas de telecomunicações, autoridades locais e organizações de resgate podem garantir que a comunicação seja mantida, mesmo em tempos de crise.

A Tanz Engenharia está comprometida em ajudar as empresas de telecomunicações a proteger sua infraestrutura e garantir a continuidade dos serviços em caso de desastre.

Deixe sua opinião sobre o artigo!

Curta nossas redes sociais e acompanhe nosso blog para as últimas novidades sobre telecomunicações.

Posts Relacionados